domingo, 7 de março de 2010

Palavrões

Apelidos pejorativos sempre foram usados como maneira de explorar os povos da antiguidade.
As palavras “Vândalo” e “Bárbaro” eram usadas para identificar alguns povos da Europa. A palavra “Esquimó” significa comedor de carne crua, era usada para identificar nativos do Alasca. A palavra “Negro” era usada para inferiorizar e identificar os povos da África, Índia, Papua Guiné, Nova Caledônia, Melanésios e todos os povos que tinham pele escura.



O mundo evoluiu, as pessoas evoluíram e essas palavras foram banidas, ninguém chama um europeu de Vândalo ou Bárbaro, um alasquiano ou alasquense de Esquimó, nem um africano ou afrodescendente de “Negro”.
Só falta o Brasil seguir este exemplo!

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

4 comentários:

  1. No episódio de quinta-feira 15/04 da serie A Grande Familia, o ator Tonico pereira no papel de Mendonça diz o seguinte texto "não vamos deixar uma mancha NEGRA sujar seu passado BRANCO de funcionário" poderia ser uma piada se o contesto da serie de humor estivesse tratando do tema racismo... mas o episódio tratava de assedio sexual... a frase foi atirada de forma gratuita... sem proposito... sem reflexão... fiquei chocada...

    ResponderExcluir
  2. culpa de chamar de negro é o problema do politicamente correto...
    somos brancos e porque o outro não é preto??

    ResponderExcluir
  3. Sou negro, preto, caboclo ou o que você quiser chamar. Só não sou afrodescendete, e por 2 motivos:

    1 - Afrodescendente é um eufemismo para preto e eufemismos só existem para coisas que consideramos ruins, feias. Não existe eufemismo para vida, mas existem um monte de eufemismos para morte. Como eu não considero ruim ser negro (ou preto) então dispenso os eufemismos, por favor.

    2 - Se levarmos em conta os indícios arqueológicos de que a humanidade nasceu na África seremos todos etimologicamente afrodescendentes: até mesmo a Michelle Pfeiffer.

    Além do mais palavras não são fósseis, palavras devem ser julgadas pelo que significam atualmente para a maioria das pessoas e não pelo que significavam há 12 séculos.

    Este papo de "negro" no passado era usado para chingar não cola, é simples paranóia até porque o termo que era usado para chingar não era negro, era nigger que é uma palavra inglesa que seria muito melhor traduzida por crioulo que por negro (lembrando que em uma boa tradução se leva em conta os aspectos semânticos e não os etimológicos).

    ResponderExcluir
  4. Impressionante a lucidez de Cara. Algum desavisado poderia achar que seu pensamento é ingênuo de que só retirar uma palavra do nosso vocabulário resolveria o problema do racismo e séculos de escravidão e opressão. Porém, vem carregado de uma carga emocional e psico-social. a palavra "Negro" está introjetada na sociedade brasileira´. Conhecer sua origem e a carga negativa que ela tem é fundamental para a libertação. Parabéns Nabby. To contigo!
    Garré Bragança

    ResponderExcluir

 
Creative Commons License
Preta é minha cor! by Nabby Clifford is licensed under a Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil License. BlogBlogs.Com.Br Add to Technorati Favorites